ENTREVISTA C/ ODAIR BRAZ

 

   

  

  • Odair Braz (esquerda) e Marcelo Neves (Site Elvis Triunfal)


  • Odair Braz é Jornalista e lançou o livro "ELVIS" da série "Para saber mais"! Nesta entrevista ele conta a história do livro e o processo de divulgação!!!

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  • 1) Nos fale um pouco sobre você, idade; formação, onde nasceu e como começou sua admiração por ELVIS?

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  • Sou natural de São Paulo e sempre morei aqui. Tenho 33 anos, sou formado em jornalismo pela PUC-SP e em história pela USP. Mas antes de tudo isso acontecer eu já era um fã de Elvis. Elvis e Roberto Carlos foram as primeiras coisas que ouvi na minha vida porque meu pai sempre foi fã desses dois artistas. Então, desde muito pequeno tenho contato com Elvis e o primeiro disco dele que ouvi foi o Elvis As Recorded at Madison Square Garden, de 1972. Por causa desse contato inicial, passei a admirá-lo mais e mais e cresci ouvindo suas músicas e vendo seus filmes na Sessão da Tarde. Me lembro até o que estava fazendo no dia em que ele morreu. 

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Capa do livro "ELVIS"


  • 2) Você poderia descrever a sensação de escutar ELVIS pela primeira vez? 

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  • Bom, como falei, meu gosto por Elvis vem por causa do meu pai. Então, nem me lembro quando foi a primeira vez que eu o ouvi. Só sei que foi muito cedo, provavelmente com dois anos, algo assim. Então, Elvis desde sempre esteve presente na minha vida. O que posso dizer é que, mais velho um pouco, quando realmente comecei a ouvir Elvis prestando atenção, foi algo sensacional. É ótimo ir descobrindo aos poucos toda a grandiosidade dele como artista. Lembro que quando era mais novo, gostava mais do Elvis dos anos 50 e queria ser como ele era em seus filmes. Hoje já curto mais a fase de 68 a 73. É a que ouço com maior freqüência, mas sempre dou uma passada por outros momentos também. 

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  • 3) O que levou você escrever um livro sobre ELVIS?

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  • Conheço muitas pessoas na Super Interessante e na Abril. Como sei que eles têm essa linha de livros "Para Saber Mais", que já havia publicado Beatles, Reggae, Música Eletrônica etc, e achei que cairia bem um livro sobre Elvis nesses 50 anos de rock. Achei que seria uma boa oportunidade de mostrar para mais pessoas informações mais detalhadas sobre o Rei. Claro que para muitos fãs que estão lendo essa entrevista, o livro não traz grandes novidades, mas para muitas outras pessoas ele é útil. Amigos e pessoas que compraram o livro me disseram que através dele ficaram sabendo muitas coisas que nem imaginavam
    sobre Elvis, o que me deixou feliz. 

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  • 4) Por que escolheu um livro que enfoca mais a parte musical? 

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  • A coleção "Para Saber Mais" tem pouco mais de cem páginas. Então, não daria para falar sobre filmes, música e vida pessoal de Elvis nesse espaço. Resolvi assim privilegiar a parte musical porque muitos não-fãs acham que conhecem muito de Elvis, mas no fundo não conhecem quase nada. Escolhendo apenas o aspecto musical, pude dar mais detalhes sobre suas canções e suas diferentes fases. Mesmo assim, muita coisa ficou de fora, porque a carreira de Elvis para ser bem coberta precisa de um livro muito maior. 

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  • 5) Após a edição do livro ter ficado pronta e o lançamento ocorrido, alguma coisa ficou faltando, ou que você mudaria no livro? 

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  • Acho que eu poderia ter sido mais econômico no começo do livro para sobrar mais espaço para outras informações. Mas o que eu mudaria de verdade é o número de páginas. Colocaria umas trezentas a mais. ;-) 

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  • 6) Como funciona o lançamento através da Super Interessante? 

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  • É para todo território nacional? O meu livro foi para todo o Brasil sim. Mas como a tiragem não é a mesma de uma revista, por exemplo, ele é encontrado mais facilmente nas principais bancas e em boas livrarias.  

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  • 7) Há possibilidade de uma 2º. edição? Não acho que vá haver uma segunda edição pela Super Interessante?

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  • O que sei é que o livro voltará a ser vendido para as comemorações de 70 anos de Elvis que acontecem em janeiro de 2005. Mas eu gostaria muito de escrever mais sobre o Rei. 

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  • 8) Recentemente você participou do polêmico Programa do Jô onde o apresentador criticou várias vezes ELVIS, o que realmente aconteceu na gravação e nos bastidores? 

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  • Antes de ir ao programa, um jornalista da equipe do Jô Soares entrevista o convidado para passar uma pauta prévia para o apresentador. Na minha entrevista com o jornalista falei muitas coisas sobre Elvis e sobre meu livro: falei das diferentes fases musicais, falei de sua importância, falei de seus shows vibrantes nos anos 70, falei sobre sua ótima fase no final dos anos 60, falei sobre o especial de 68 e coisas assim. Feito isso, achei que ficaria tudo bem, afinal o Jô iria me perguntar sobre coisas bacanas e eu poderia falar bastante bem sobre o Elvis. Acontece que quando cheguei lá, descobri que havia um funcionário do Jô que também é fã de Elvis e que queria mostrar as fotos de sua viagem a Graceland, que foram aquelas exibidas no programa. Eu não tive nada a ver com as fotos e apenas me foi pedido para comentá-las, que foi o que fiz porque foi a direção dada para a entrevista. Também separei imagens de DVD de várias fases diferentes de Elvis como em That's the Way It Is e 68 Comeback Special, levei memorabílias, discos raros, gravações raras e coisas assim, que não foram mostradas. Ou seja, a entrevista foi para um outro lado e o Jô estava com seu discurso pronto para falar, por exemplo, que Elvis era um mau ator. Citei ainda Estrela de Fogo como sendo um filme em que Elvis estava bem, mas ele não levou em consideração. Quando ele falou que Elvis usava drogas, falei que eram drogas prescritas, medicamentos, mas que também foi desconsiderado. Mais do que isso não era possível ser feito, a menos que entrasse numa discussão com o apresentador, o que seria editado, obviamente. Outra coisa importante de se dizer é que Elvis não foi o único a receber essas "críticas" e Jô costuma fazer isso com muitos outros assuntos e até com alguns convidados. 

  • 9) Em que meios de comunicação você já divulgou o livro e qual foi a reação das pessoas?

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  • Pude divulgar o meu livro em TVs, rádios, jornais, revistas e internet. Participei de quatro programas de rádio (Brasil 2000 FM, Rádio Bandeirantes, Rádio CBN e uma rádio do nordeste), três programas de TV (Jô, Syang e num programa para Santo André e região), bate-papo no UOL e várias notas saíram em jornais e revistas. A recepção das pessoas, em geral, foi muito boa. Muita gente gosta de Elvis, apesar de conhecer apenas as canções mais famosas. Isso é interessante porque dá chance para mostrar mais lados legais sobre o trabalho dele. Recebi diversos emails e até telefonemas de pessoas que me ouviram ou me viram nesses programas e elas queriam saber onde encontrar CDs, DVDs e coisas assim. Quer dizer, acho que pelo menos um pouco, ajudei a divulgar o nome de Elvis, o que me deixa feliz. 


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    0) Como os fãs de ELVIS têm recebido seu livro?

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  • Há opiniões diferentes. Nos encontros de fãs, muita gente chegou pra mim e falou que leu e que gostou. Há outros fãs que nem querem saber do que se trata porque acham que eu não sou digno de escrever sobre Elvis.  

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  • 11) Você tem projetos de escrever outro livro? Como seria?

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  • Tenho projetos para outros livros sim, inclusive um outro sobre Elvis, mais completo e maior, mas esse deve demorar um pouco para sair. 


  • 12) Você participa de algum fã-clube? Qual? 

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  • Não participo como membro fixo de nenhum fã-clube, mas sempre que posso vou aos eventos da Gang Elvis, participo da lista de discussão do Leo e procuro ir a todos os eventos de Elvis que posso. Sou membro do Collectors Club, fórum fechado do site oficial do Elvis.  

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  • 13) O que você coleciona sobre ELVIS e o que mais aprecia em sua coleção?

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  • Bom, coleciono muita coisa. Tenho todos os CDs, tenho muita coisa em vinil, bonecos, filmes, revistas, livros, DVDs, vídeos, memorabilia e por aí vai. O que gosto muito atualmente são umas fotos originais e inéditas que ganhei de um fã e também da reprodução do compacto de "That's All Right (Mama")"/"Blue Moon of Kentucky" que saiu numa tiragem limitada há pouco tempo. É bem bonito. 

  • 14) O que ELVIS representa em sua vida? 

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  • Pra mim Elvis é o maior artista que já viveu e eu o considero como se fosse um super-herói. Minha vida é muito influenciada por ele: meu gosto por carros americanos potentes (tenho um Marverick V8), sei um pouco de violão porque me inspirei nele para aprender e quando era pequeno queria ser igual ao Elvis dos filmes. Enfim, Elvis tem uma participação muito forte na minha formação cultural. 

  • 15) Como você vê a divulgação de ELVIS no Brasil? 

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  • Acho bem fraca. Um exemplo mais claro disso é que Elvis at Sun, um excelente disco, foi lançado e ninguém ficou sabendo. Se eu não entro na loja para perguntar, nem teria visto. O mesmo acontece com os DVDs do Aloha e 68 Comeback, que não têm divulgação nenhuma e estão sendo vendidos por um preço absurdo pela BMG Brasil. Pelo menos eu estou fazendo a minha parte: no mês que vem sai um texto meu na revista Set sobre o Elvis at Sun e outro sobre o Aloha, 68 e sobre o Great Performances. 

  • 16) O que você gostaria de dizer a todos os leitores de seu livro? 

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  • Quero agradecer a todos que compraram o meu livro e dizer que antes de ser jornalista eu sou um fã de Elvis. O meu livro é uma pequena contribuição para manter o nome de Elvis em evidência e essa é minha contribuição. Sei que todos aqui fazem isso também, cada um do seu modo. Muito obrigado e um abraço a todos. Se alguém quiser entrar em contato comigo é só escrever para : odair@elvis.com


  • Elvis sempre!!!

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